segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

[a ninfeta]

Na pronfudeza da inocência
A menina se mostra voraz
De sua tão tenra idade
Emerje um vulcão de que expele desejo
Apêlo por ele
Insanidade fulgaz
De onde não podem fugir
Tampouco camuflar esses olhos negros que, de tão profundos
Fazem esquecê-lo a sensatez
E querer se jogar no abismo que são seus braços
Mergulhar na morenitude daquela tez
Do prazer descrito aos sussurros
Na voz doce de menina-moça
Querendo mais
Pedindo bis
Clamando por ele
"Voltei a ti! Sou sua outra vez!"
Os delírios desse rapaz, tornaram-se concretos
Mas delírios, são delírios.
A realidade mostra-se como luz velada às cortinas
Arde os olhos ao abrí-las
E a candura daquela outra
Desvanda-se em veneno
Abstrai-se em mentiras
Derruba sua fortaleza
Tornando esse homem num recanto de amargura, descrença e solidão
Como nunca quisera ser
E jamais imaginara erguer.

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