quarta-feira, 2 de setembro de 2009

[branco.]

a cada suspiro que dou
mais sentido ela perde
sorrindo ou chorando
continua o mesmo nada
o vazio que você deixou, não quero preencher
perfiro persistir com a cabeça baixa
a mais uma vez sentir o desbrilhar
a mais uma vez ouvir seu adeus
os dias se vão
e eu aqui
quero sem indolor
quero apagar
que Morpheu passe a mão sobre mim, de um toque tão sensível, que me anestesie de todo e qualquer sentimento que insista em teimar
viver me cansa
respirar me dói
quero uma bala
quero dar um tiro
até as lágrimas virarem pó
chega de incertezas
de sentir medo
chega de solidão
desejo o fim
agora.