terça-feira, 20 de abril de 2010

[distante]

Mostra-me ela
Mostra-se assim
Ora sem medo
Um tanto sem fim
Desvenda-te
Arranque essa máscara
A dor que assola meu peito
Um arranhão no azul infernal
Do verde desses olhos que me esmagam
Atropelam minha lucidez
Engole a sanidade que um dia ousou perfir
Deixa-me atônita
Fora da razão
Desperta desse sono
Entregue à ilusão
Cores, flores, frutos e cinzas
A lembrança presa nos inpensamentos latentes
O oco entupido pelo que não quero crer
É o que me resta
Olhar as mãos vazias
Pô-las sobre os olhos
E tornar abaixo preenchidas por aquilo me fazes de melhor.