sábado, 26 de dezembro de 2009

[para Ela.]

Aquele som que vem e vai
que quebra o silêncio e finda a solidão
Traz sorte e reparte sonhos
Vem devagar e rouba as incertezas
Me traz firmeza e vontade de seguir
Fecho os olhos, abro a alma
E daquele longo sorriso saltam meus desejos e o anseio pela eternidade
Vontade de nunca mais te deixar ir
Prender-te entre minhas pernas
e não pensar em outra coisa a não ser o amor, te fazer bem e te dar o mundo.
Dar-te meu mundo.
De cores e flores
Por muitos nublado, mas sempre à espera desse Sol
Que faz essa Flor pirar e suspirar
Pedir bis às vezes que me tens, me leva ao infinito e me preenche
Ao seu toque suave
Seu púlpito
E da vontade sem fim de ser feliz.

domingo, 20 de dezembro de 2009

.Amava-a tanto que nem cabia em si. Fora deixada. Num doce momento de divagação, pela ausência dela, encontrou-se em um devaneio, ao deparar-se com flores e pedras no caminho da luz.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

[saudade.]

Queria um dia ensolarado
Para sorrir
Queria que estivesse aqui
Para escrever coisas lindas
Poesias sonoras, cheias de versos e rimas doces, para te fazer sonhar
Poder rabiscar palavras que te fizessem voar
Ir tão alto a se perder no azul
Ser livre como o vento
Poder ir tão longe, até se perder entre os desejos de um nobre sonhador,
ou entre os cabelos da mais graciosa moça.
Queria um caminho de cores e músicas,
pegar na tua mão e recitar esse poema que fiz pensando em ti.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

[branco.]

a cada suspiro que dou
mais sentido ela perde
sorrindo ou chorando
continua o mesmo nada
o vazio que você deixou, não quero preencher
perfiro persistir com a cabeça baixa
a mais uma vez sentir o desbrilhar
a mais uma vez ouvir seu adeus
os dias se vão
e eu aqui
quero sem indolor
quero apagar
que Morpheu passe a mão sobre mim, de um toque tão sensível, que me anestesie de todo e qualquer sentimento que insista em teimar
viver me cansa
respirar me dói
quero uma bala
quero dar um tiro
até as lágrimas virarem pó
chega de incertezas
de sentir medo
chega de solidão
desejo o fim
agora.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

[o ciclo]

Achei que minha respiração não mentia
Que minha essência não se enganava
Mas não
Aqueles olhos que outrora refletiam o sabor que emanava de seu sorriso
Cerraram
Aquela boca que ontem não proferia outro som que não fosse o amor
Calou-se
Despencando como um corpo gélido e sem cor
Para a não gravidade da solidão
O breu mais uma vez esfriou o chão do quarto
E o resto da casa
Desmetamorfoseou a borboleta
És lagarta outra vez
Que transformação é essa?
Que um dia é Luz
Outro dia sou eu.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Até agora o ócio me prende ao nada... mas tive o imenso prazer de rever Neruda por aê...
Compartilho desse gozo...


As minhas palavras choveram sobre ti acariciando-te.
Amei desde há que tempo o teu corpo de nácar moreno.
Creio-te mesmo dona do universo.
Vou trazer-te das montanhas flores alegres, avelãs escuras,e cestos silvestres de beijos.
Quero fazer contigo o que a primavera faz com as cerejeiras.

sábado, 11 de julho de 2009

[avoando numar de algodão]

Que venham mais devaneios e divagações...

O Céu acordou como um Mar de algodão

Com Peixes de asas cortando-o de um lado a outro
Felizes eles vão
e Eu aqui fico, preso à Terra, com as patas no chão e a cabeça nas nuvens
vontade é o que não falta, de navegar os 7 Mares e os 7 Ares
Mas muitas coisas tenho a fazer, a descobrir, inclusive a mim mesmo
antes de poder partir
com o coração tranquilo e
"meu sapato 37, já que meu pai me dá 36, dói mas no dia seguinte,
aperto meu pé outra vez"
Nem percebo, mas o tempo avoa, e como ele (e os peixes)
quero avoar também.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

[enraizamento]

Minha árvore quer crescer
Abelhas e borboletas ansiosas buscam suas flores
Provar meu néctar
Aos poucos o verde refloresce
Os acordes tímidos preenchem o ar
O dedilhar perpassa meu corpo e completam meu ser
Palavras doces
Trazem consigo belos sorrisos
Olhos reluzentes
E o cheiro só seu
Confetes ao te ver
Descobertas
Badalar dos sinos
Um novo outro
Um novo eu
Seu som embala meu coração
Ganho asas
Voo alto
Mergulho fundo
Volto a mim
Acordo

És tu.

sábado, 20 de junho de 2009

[clarificação]

A escuridão não me deixa caminhar
Ir tão longe que perde aos olhos
Olhos que não secam
Passam noites afogados
E os dias escondidos
Escondidos nos sorrisos que não existem
Tento correr
Tento fugir
Não posso
Dou a cara à tapa
Dou o corpo aos murros
Doo os lábios aos beijos
Fujo da multidão
Mergulho em mim, encontro o nada
Tento sonhar, quero viver
Inalar
Respirar felicidade
Aspirando liberdade
Sinto os bons ventos
A cor da água
E o cheiro doce
Faço-me luz.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

[néctar]

Para cada Flor arrancada
uma nova brota ao chão
Se a nossa está despetalada
um outro jardim nasce à minha mão

Lindo, florido, cheiroso e colorido
O que antes parecia Outono
quando o verde se fechou
Agora se faz Primavera
longe do frio... longe dela...

As borboletas... Ah! As borboletas!
Me faço uma ao brincar ao seu rosto
reluzente Sol que emana do seu céu
Meu Girassol, antes cabisbaixo
encontrou nova Luz.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

.Olho de Hórus.


Existem muitos textos sobre, principalmente, os significados da simbologia. Um breve:

Semelhante aos olhos de um falção, este símbolo é chamado de olho de Hórus, ou olho de Rá.

Udjat (ou Utchat) o olho direito de Hórus o deus egípcio falcão, representa o sol e é associado a figura do deus solar Rá.

A imagem rebatida, Wedjat, ou o olho esquerdo, representa a lua, e o deus Tehuti (Thoth). Um conceito muito similar do Sol e da Lua como os olhos, aparece em muitas tradições religiosas.

De acordo com a lenda, o olho esquerdo de Hórus foi rasgado por Seth e depois restaurado por Thoth, deus da magia. O povo egípcio acreditava que o olho esquerdo de Hórus era a lua, e está história faz alusão as fases, em que o olho é rasgado e restaurado a cada mês.

Juntos os olhos de Hórus (Udjat/Wedjat) representam todo o universo, um conceito muito similar ao símbolo Yin-Yang.

Tem como função primordial favorecer a ‘evolução’ do 3º olho,sendo utilizado em amuletos e objetos ritualísticos como símbolo de proteção,de elevação da sensibilidade energética e acima de tudo como um emblema daqueles que possuem dons relacionados a Visão.

O olho direito reflete a energia solar, masculina vinculada a razão e a matemática e a capacidade de enxergar além do conhecido comum, ver detalhes com clareza, enxergar o físico e mental tal como ele é.

O olho esquerdo reflete o líquido, a energia feminina, lunar que governa a intuição, a magia,
e a capacidade de enxergar o desconhecido, sombrio e espiritual.

Juntos representam o poder combinado e transcendente de Hórus.

O Olho de Hórus foi e ainda é utilizado como amuleto de cura e proteção (pela fantástica história da sua restauração).

Também é utilizado na maçonaria como o "olho que tudo vê", o olho símbolo da providência encontrado no dinheiro americano e também o nosso símbolo farmacêutico moderno Rx são descendentes do Olho de Hórus.

céditos by: http://webgtp.com/gtp/index.php?option=com_content&task=view&id=366&Itemid=48

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Esse também não é meu, mas é tão lindo... fiquei apaixonada quando li.
Que outros se apaixonem tanto quanto... Luís F. Veríssimo para quem ler.

Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria do só saber crescer
até dar pé.
Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo par uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa.
Eu, calipto

quarta-feira, 27 de maio de 2009

[exaustão]

Vou arrancar você
e tudo que me causa
raiva
dor
sofrer
Vou te te jogar uma praga
e em tudo que me sufoca
palavras
sentimentos
lágrimas
Vou suprimir você
e tudo que me inibe
olhos
restos
Ela
Como um segundo
como num instante
como se por sorte, nunca tivese cruzado essa via
essa encruzilhada que me trouxe a ti
Como se por mágica
meu corpo lúdibro fosse arrastado pela conrrenteza que perpassa meu ser, meu corpo e meu ter
Mas que insiste em te deixar presa como uma rocha que atormenta, incomoda, insônia e só me deixa de companhia o vazio.

[alumiaR]

Posso perguntar quem é
resposta não terei
sei que és tu, que nunca me abandona
minha amiga, companheira
apara meu pranto e conforta meu sono
irradia minhas noites em branco
na exautão da felicidade
nas lamúrias da desilusão
és tu que me abraça
ora alva como tu, ora tímida como eu
nem mesmo as águas, nem mesmo o Rei te afastam de mim
não se vá!
continue a me velar, meu pranto não cessa
não sou assim... vá...
a certeza do amanhã me irradia
como você, bela e doce Lua.

sábado, 23 de maio de 2009

[meu lugar (é)]

Ao
teu laDo
ond
(a)
maR
esia
a
cha(´)R
a
Lua
vem
me toCa
meu
S
onho
toCar
você.

domingo, 26 de abril de 2009

[para a Flor]


Não estava muito inspirada para escrever, mas lembrei-me deste que me serve como espelho hoje, é de Vinícius... certeza de que será uma boa leitura.

Soneto da separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

quinta-feira, 23 de abril de 2009

.imóbil.

Covarde sei que fui, ao te deixar ir.
Fui covarde, pois ao partir me disseste adeus, acenei e somente chorei.
Mas ao cair a venda, a luz chamando-me à vida, vi somente sombras foscas, como um vulto entre cortinas das alcovas de Assis.
És tu? Ou eu vagante entre os desejos suprimidos e as palavras suspensas?
Reconsidere. Ou não. A nostalgia hoje se faz amiga em presentes como os que fluem pela janela.
No cheiro único.
No verde seu.
No toque que não me deixa uma noite sem te querer, ali.
Sua ida continua.
Minha estaticidade também.
E não tenho um final, pois ainda não terminei.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

É...

Morrer para si e nascer para alguém que não crê no que está na sua cara e aflorando à pele.
Sentimento nobre, mas a nobreza também se mostra imunda quando te dizem:
Mentira!
Toda a combustão se perde em um vazio... vazio cheio de dor e de dúvidas: e se não for?
Mas tenho certeza que é!
Os verdes e o aveludado, o cheiro e o som das palavras doces sussurradas a mim...
A distância é tão querida quanto teus lábios, quem sabe faça os olhos cerrarem e a chuva escorrerá pela última vez levando tudo que destrói consigo.

sábado, 18 de abril de 2009

[redenção]

Não me peça isso, não tenho que te perdoar. Chico já dizia que "cada um sabe...", e quem sou eu pra te dizer que não?
Meus erros foram suficientes para entender-te e até tentar não sofrer... impossível!!!
Reconsiderar é o verbo que mais quero conjugar com você.
Faz-me tanta falta, que até minha tristeza é incompleta sem tu, minha Flor.
Voltar é retroceder, vamos nos topar, nem sempre as topadas doem, depois de xingar elas nos fazem sorrir!
Sorrimo-nos.

o que eu quero.

Lute, pule, grite e chute!

Curta, faça, fala e passa.

Aconteça, amanheça, apareça e seja!

Talvez pra você não, mas pra mim o sentido é total.

O que você quer?

sábado, 14 de março de 2009

Dizem que o difícil é sempre começar. De fato, concordo.
Acho que é medo do novo. Isso! O novo é sempre bom, mas dá medo. Mas claro, é o NOVO, mudanças e transformações, como um túnel, longo ou curto, mas escuro, não se sabe o que encontrará, pode ser um caminho macio ou estrada sinuosa, o que não podemos é parar.
Don´t stop!!!
Mas enfim, cá estou. Na tentativa que esse novo venha como um escape.
Gosto de ler, as palavras são mágicas, não importa se faladas ou escritas, ou mesmo só pensadas... podem ser doces, amargas, longas e curtas, fortes ou singelas, soar bem ou soar mal, exalar cheiros e colorir um ambiente...só depende de como você a sente. É assim que as sinto.
Confesso que prefiro as escritas. É o bis. Das inúmeras vezes que podemos ser tocados, e como cada uma dessas vezes podem (ou não!) ser interpretadas.
Tenho um certo problema com a fala. Trava. Apesar de toda impulsividade, as palavras recuam nos meus lábios. Mais uma vez confesso: sou medrosa! É ruim, com certeza as perdas estão embricadas em minha alma. As irrevessíveis.
Então, resolvi tentar o novo. Escrevendo. Mas não sei escrever muito bem, (hoje estou cheia de confissões!!!), é a organização. Virginiana= perfeccionista.
Mas uma pessoa me deu força. Espero que ela goste, valiosa sua opinião.
É isso aí...

"o que vem é perfeição."